Muitas pessoas usam o celular o tempo todo para navegar na internet e trocar mensagens, usando e-mails ou aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp.
Isso tem sobrecarregado os polegares. Estes dedos, que tem como função básica apoiar e segurar, estão sendo utilizados para realizar movimentos curtos e repetitivos nas diminutas teclas em touchscreen dos aparelhos.
Assim, a dor nos polegares tem se tornado uma queixa frequente nos consultórios, a chamada “síndrome do polegar”.
Quem é o público mais atingido? A lesão no polegar causada por movimentos repetitivos atinge adolescentes e jovens adultos, que usam os celulares com alta frequência para jogar, bater papo e participar das redes sociais, além de executivos que ficam conectados o tempo todo para trabalhar.
O que pode ser feito?
O tratamento básico consiste em mudar os hábitos. É preciso usar menos o celular para digitar e, sempre que for necessário escrever textos longos, recorrer a um teclado mais ergonômico. O WhatsApp Web, por exemplo, pode ser usado para conversar com os seus contatos diretamente no computador, de forma sincronizada com o celular. Saiba como neste link: https://web.whatsapp.com
Digitar mais devagar, usar outros dedos e usar canetas touchscreen também são estratégias válidas.
É importante fazer pausas a cada hora, aproximadamente, e alongar antebraço, punho e dedos.
Em alguns casos mais sérios, é preciso imobilizar os dedos e iniciar um tratamento com medicação e reabilitação. Na associação com rizartrose (desgaste e inflamação na articulação da base do polegar), dedos em gatilho ou algumas tendinites (como a tenossinovite de De Quervain), uma intervenção cirúrgica pode ser necessária.
Se você sentir dores nos polegares, procure um ortopedista especialista em mãos para avaliar seu quadro e dar maiores orientações. Porque mãos dadas podem mais.
Dr. João Nakamoto
CRM 104.340
Formado em Medicina pela USP e especializado em Ortopedia e Traumatologia e em Cirurgia da Mão pela USP, responsável pelo Grupo de Mão e Microcirurgia da UNICAMP, médico do Núcleo de Cirurgia da Mão do Hospital Sírio Libanês e médico do Grupo de Mão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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